A pré-candidatura de Sergio Cechin (Progressistas) tem como aposta principal para chegar ao segundo turno o nome do longevo conhecido político da cena partidária de Santa Maria. Ao lado de sete partidos, a frente que leva o nome de Abraça Santa Maria aposta na tônica de uma unidade em torno do município pós-pandemia para ganhar a confiança e, claro, o voto dos santa-marienses.
Leia mais colunas de Marcelo Martins
Com Cechin estará o forte e robusto MDB, que viveu o auge do protagonismo da política local com Cezar Schirmer, que comandou Santa Maria de 2009 a 2016. Ainda que não tenha o peso do nome de Schirmer, o MDB acena com ares de um partido oxigenado e que respira ares novos. Para isso, aposta no vereador Francisco Harrisson, o médico que fará dobradinha com o engenheiro civil para tentar chegar ao segundo turno e ganhar o pleito.
PROTAGONISMO
Com a experiência de estar, pela segunda vez, na condição de vice-prefeito, o progressista quer mostrar ao eleitorado estar cacifado e preparado para ocupar o protagonismo que o cargo de prefeito exige. A tendência é, ao falar com pessoas ligadas ao pré-candidato, que a campanha toda tenha como cerne o nome dele: Cechin.
Quem é de Santa Maria sabe o quão conhecido ele é. Afinal, são mais de 40 anos de vida pública ao ter, neste período, exercido funções como vereador, secretário de município e ainda ocupado cargos nos governos do Estado nas gestões de Brito e de Rigotto.
- Cechin é conhecido no campo e na cidade. Queremos mostrar que toda essa caminhada política dele até aqui o preparou para assumir a condução do município a partir de 2021 - avalia Rafael Dulor, coordenador da pré-candidatura.
Além disso, Dulor destaca que Cechin é um conhecedor da máquina pública e tem acesso direto à União, na capital federal, e junto às bancadas do Progressistas e do MDB no Congresso nacional.
CAMPO E NA CIDADE
O trânsito livre por bairros e vilas da cidade, ele tem. Da mesma forma, isso se dá no meio rural. Ou seja, Cechin sabe do capital político que dispõe. Agora, caberá a ele e aos aliados mostrarem, principalmente ao eleitorado, o que representa esse descolamento de Cechin do governo municipal.
Determinante em 2016, para a eleição dele e de Jorge Pozzobom (PSDB) à prefeitura, o progressista terá de mostrar habilidade e precisão ao apontar que os eventuais ganhos do Executivo municipal tem o crédito dele. E, ao mesmo tempo, indicar como ele resolveria os problemas do governo que o levaram a optar por seguir outro rumo.
A pré-candidatura também terá que observar a passagem de Francisco Harrisson (MDB) - que ocupou a Secretaria de Saúde por cerca de um ano na prefeitura - e capitanear para si os ganhos e, se afastar se possível, do que possa ser negativo. Um caminho tortuoso e desafiador aguarda a dupla Cechin e Harrisson.
Cechin sabe que terá uma militância e uma força partidária expressiva ao lado dele. O que, pode sim, ser determinante em um pleito a ser decidido em segundo turno. Mas mais do que esses aspectos, o progressista terá de "fazer por onde", como diz o ditado, para que o abraço que ele propõe a Santa Maria venha a ser recíproco.
